Bahia pode liderar a transição energética e a bioeconomia no Brasil, afirma secretário estadual

A Bahia reúne todas as condições para se tornar líder nacional na transição energética e no desenvolvimento da bioeconomia, segundo afirmou nesta quinta-feira (5) o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Álvaro Gomes, durante um encontro com representantes do setor produtivo, acadêmico e ambientalista na capital baiana.

De acordo com o secretário, o estado já se destaca no cenário brasileiro pelo seu potencial natural para energias renováveis, especialmente na geração de energia solar e eólica, e agora avança para consolidar políticas voltadas à produção de hidrogênio verde, bioinsumos e à valorização dos ativos da biodiversidade, com base em práticas sustentáveis.

“A Bahia já é referência em energia limpa. Agora, estamos estruturando um ecossistema produtivo que une sustentabilidade, inovação e justiça social. Temos sol, vento, território, universidades e vontade política. Estamos prontos para liderar essa transformação”, declarou Álvaro Gomes.


O encontro, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), discutiu iniciativas em andamento, como o Projeto Bahia H2V, voltado à produção de hidrogênio verde no Polo Industrial de Camaçari, e o fomento a cadeias produtivas de bioeconomia na região do semiárido, com foco em alimentos funcionais, fitoterápicos, cosméticos e biofertilizantes.

Além disso, foram destacadas ações do governo estadual em parceria com o setor privado para atrair investimentos estrangeiros em tecnologia limpa e financiar infraestrutura logística sustentável, como portos verdes, corredores de escoamento com baixa emissão de carbono e ampliação de redes de transmissão para energias renováveis.

A fala do secretário repercutiu positivamente entre representantes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), da Embrapa, além de empresas do setor de energia e startups de base tecnológica.

“A Bahia está diante de uma oportunidade histórica. A nova economia mundial exige soluções verdes, e nós temos todos os ativos estratégicos para ocupar esse lugar”, disse a professora Lígia Amaral, pesquisadora em inovação sustentável da UFBA, presente ao evento.


O governo baiano também reforçou que a transição energética deve ocorrer com inclusão social, capacitação de trabalhadores locais, incentivo à agricultura familiar e respeito às comunidades tradicionais, como quilombolas e povos indígenas.

A expectativa é que, até 2030, a Bahia esteja entre os três principais estados brasileiros na geração de energia renovável e no desenvolvimento da bioeconomia, com impacto direto na criação de empregos verdes, atração de tecnologia e redução da emissão de gases de efeito estufa.


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