Mecânico Desaparece Após Convulsão em Voo e É Encontrado Sem Memória nas Ruas de Brasília

O que era para ser apenas uma viagem rotineira entre Recife e Manaus se transformou em um pesadelo para o mecânico pernambucano Fábio Morais Cavalcanti, de 50 anos. Após sofrer uma convulsão durante o voo e ser desembarcado em Brasília, ele desapareceu por vários dias e foi encontrado desorientado, sem memória, dinheiro ou documentos, vagando pela capital federal

O episódio aconteceu no dia 5 de julho, quando Fábio embarcou em um voo com escala no Distrito Federal. Durante o trajeto, ele passou mal e, ao chegar em Brasília, foi levado a um hotel e posteriormente encaminhado para a UPA do Núcleo Bandeirante, onde recebeu atendimento médico. No entanto, durante a madrugada do dia 7, ele deixou a unidade de saúde sozinho e desorientado.

A partir desse momento, Fábio ficou cinco dias desaparecido, sem qualquer contato com familiares. Segundo relatos da sobrinha, Carolina Rodrigues, que iniciou uma campanha nas redes sociais para localizá-lo, ele sofreu perda de memória e chegou a ter as roupas roubadas enquanto pedia ajuda nas ruas. “Ele ficou vulnerável, não sabia quem era, onde estava e foi ignorado por muitos. Passou fome e frio”, relatou Carolina, emocionada após o reencontro.

Fábio foi finalmente localizado no dia 10 de julho, na Rodoviária Interestadual de Brasília. O reencontro foi marcado por forte comoção: “Ele chorava e tremia. Disse que estava com medo de estar louco”, contou a sobrinha. O mecânico estava sem documentos e a mala dele foi encontrada dias depois no setor de achados e perdidos do Aeroporto de Brasília.

Após o resgate, Fábio foi levado novamente à UPA para avaliação médica. Com a memória parcialmente recuperada, ele conseguiu relatar alguns fragmentos dos dias em que esteve perdido, mas ainda apresenta confusão mental. Ele deverá retornar à cidade de Ipojuca (PE), onde vive, nesta segunda-feira (14).

A família cobra explicações da unidade de saúde sobre como um paciente em condição vulnerável foi liberado sem acompanhamento. “Meu tio estava claramente desorientado. Como ninguém percebeu que ele não podia sair sozinho? Foi um descaso que poderia ter acabado em tragédia”, afirmou Carolina.

O caso levanta questionamentos sobre a assistência oferecida a pacientes com distúrbios neurológicos ou episódios de surto em ambientes públicos, principalmente em situações de trânsito aéreo entre estados.


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