Vídeo mostra PM agredindo mulher na Bahia e caso revolta população

 Um vídeo gravado por moradores do Conjunto Aviário, em Feira de Santana, está gerando grande repercussão nas redes sociais. Nas imagens, um policial militar aparece agredindo uma mulher com um tapa no rosto durante uma abordagem na noite de segunda-feira (15). O caso já está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar da Bahia.

A filmagem mostra três policiais conversando com uma mulher em uma rua do conjunto residencial. Aparentemente exaltado, um dos agentes grita para que ela “pare de falar”. Em seguida, sem qualquer ameaça visível por parte da mulher, ele desfere um tapa violento em seu rosto, provocando gritos de revolta de testemunhas que acompanham a cena.

 Abordagem teria sido motivada por fuga de motociclista 

Segundo relatos de moradores, a ação policial começou após um homem em uma moto supostamente fugir ao avistar a viatura. Os agentes teriam entrado na comunidade para tentar localizá-lo, momento em que abordaram a mulher, que não estava diretamente envolvida na fuga.

Testemunhas afirmam que a vítima é moradora do local e teria apenas questionado a abordagem. “Ela só perguntou o que estava acontecendo. Não reagiu, não gritou. E o policial veio com a mão”, contou uma vizinha que presenciou a cena.

 PM-BA confirma agressão e promete apuração rigorosa

Em nota oficial, a Polícia Militar da Bahia confirmou que identificou o policial responsável pela agressão e informou que ele será submetido a um procedimento disciplinar. A corporação afirmou que “repudia qualquer tipo de excesso cometido por seus integrantes” e reforçou o compromisso com a atuação dentro da legalidade.

A PM destacou ainda que a corregedoria está acompanhando o caso e que medidas administrativas cabíveis serão adotadas após análise dos fatos.

 Reações e cobranças

O caso causou indignação entre moradores da região e nas redes sociais. Organizações de direitos humanos e movimentos sociais cobraram a punição imediata do policial e reforçaram a importância da adoção de câmeras corporais nas fardas dos agentes  medida ainda não obrigatória em toda a Bahia.

“A presença de câmeras protegeria tanto os policiais quanto os cidadãos. Esse tipo de abuso não pode mais ser naturalizado”, afirmou a advogada e ativista Carla Menezes, do coletivo Justiça Negra.

 Caminhos legais

A mulher agredida ainda não prestou queixa formal, mas a Defensoria Pública da Bahia se colocou à disposição para oferecer apoio jurídico. A depender do andamento da investigação, o policial pode responder por abuso de autoridade e lesão corporal.


Conclusão

O episódio de Feira de Santana expõe mais uma vez a urgência de protocolos claros e fiscalizados para abordagens policiais no estado. Embora a PM tenha se posicionado rapidamente, a sociedade cobra medidas exemplares para garantir que casos como este não se repitam.

Notícia anterior
Carro bate em moto de entrega de gás na Av. Garibaldi e deixa o trânsito lento
Próxima notícia
Funcionário impede tragédia após colega tentar matar outro em açougue

Notícias relacionadas